Novas diretrizes globais impulsionam o uso de vidros de alta performance para reduzir custos e emissões.
A busca por sustentabilidade e eficiência energética no setor de refrigeração comercial acaba de ganhar um novo e poderoso aliado. A recente iniciativa da ASHRAE (Sociedade Americana de Engenheiros de Aquecimento, Refrigeração e Ar Condicionado) em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) estabelece um novo padrão de excelência operacional. Embora as novas diretrizes foquem em todo o sistema de refrigeração, elas colocam um holofote inevitável sobre um componente crítico: o vidro.
Em supermercados, padarias e lojas de conveniência, a maior batalha contra o desperdício de energia é travada na interface entre o ambiente refrigerado e o calor da loja. As portas e visores de balcões, ilhas e expositores são a linha de frente dessa batalha. Um sistema de refrigeração, por mais moderno que seja, perde grande parte de sua eficiência se o seu invólucro não garantir um isolamento térmico adequado. É aqui que a indústria de beneficiamento de vidros assume um papel de protagonista.
A tecnologia do vidro como pilar da eficiência
As novas orientações da ASHRAE e do PNUMA validam o que os especialistas do setor vidreiro já defendem há anos: investir em vidros de alta performance não é um luxo, mas uma necessidade estratégica. Para atender a essa demanda crescente, a indústria tem desenvolvido soluções cada vez mais sofisticadas. O destaque fica para os vidros insulados, compostos por duas ou três lâminas de vidro separadas por uma câmara de gás inerte, como o argônio. Essa tecnologia reduz drasticamente a transferência de calor, mantendo os produtos na temperatura ideal com menor esforço dos compressores.
Aliado a isso, os revestimentos de baixa emissividade (Low-E) atuam como um escudo invisível, refletindo o calor infravermelho de volta para o ambiente externo, sem comprometer a transparência e a perfeita visualização dos produtos. O resultado é uma combinação poderosa que garante a máxima exibição com o mínimo consumo de energia.
Empresas brasileiras já estão na vanguarda dessa transformação. A Vidrolar, sediada em Curitiba, por exemplo, especializou-se na produção de portas de vidro insulado (duplo e triplo) para a refrigeração comercial. Com um forte compromisso com a inovação, a empresa utiliza vidros temperados de baixa emissividade de alta qualidade e possui laboratórios de climatização próprios, onde testa rigorosamente seus produtos para garantir que mantenham a transparência total, sem condensação, mesmo em condições severas de congelamento. Essa dedicação assegura que o isolamento térmico seja máximo, impactando diretamente na redução da conta de energia de seus clientes e na sustentabilidade do negócio.
A mensagem para o varejo é clara: a adequação às novas diretrizes de sustentabilidade passa, necessariamente, pela escolha inteligente do vidro. A tecnologia que combina visibilidade e eficiência não apenas moderniza o ponto de venda, mas também gera uma economia operacional significativa, provando que o design e a sustentabilidade podem e devem andar de mãos dadas.