Enquanto o setor debate novos refrigerantes, o vidro insulado se consolida como pilar da eficiência energética.
A indústria de refrigeração comercial vive uma profunda transformação, impulsionada pela digitalização e pela busca incessante por eficiência energética. No entanto, um debate recente sobre os impactos ambientais ocultos de novos fluidos refrigerantes, como os HFOs, acendeu um alerta: a sustentabilidade do setor não depende apenas de química, mas também, e fundamentalmente, de física.
Enquanto especialistas discutem a formação de “químicos eternos” (PFAS) a partir da degradação de alguns HFOs, uma solução comprovada e livre de controvérsias ganha ainda mais destaque: a otimização da envoltória térmica dos equipamentos. A lógica é simples: quanto melhor for o isolamento de um balcão ou expositor refrigerado, menos energia ele consumirá, independentemente do gás que utiliza. E neste quesito, o vidro de alta performance é o protagonista indiscutível.
A sinergia entre vidro e novas normas de eficiência
A importância do isolamento térmico é amplificada por novas regulamentações e acreditações, como a recente extensão da norma EN 14825:2022, que mede a eficiência sazonal dos equipamentos. Diferente dos testes tradicionais que medem o desempenho em carga máxima, esta nova abordagem avalia o consumo de energia em condições de carga parcial, que refletem muito melhor o uso real no dia a dia. Para que um fabricante comprove a superioridade de seu produto sob esta nova ótica, a qualidade de seus componentes é crucial.
É aqui que a tecnologia do vidro se torna um diferencial competitivo. Portas e painéis de vidro insulado (duplo ou triplo), com revestimentos de baixa emissividade (Low-E) e preenchimento com gás argônio, reduzem drasticamente a troca de calor com o ambiente. Isso diminui a carga sobre os compressores, fazendo com que operem com mais frequência em regimes de carga parcial, exatamente o cenário onde a eficiência sazonal é medida. A Vidrolar, com seus bem definidos processos de produção industrial, permite que os fabricantes de refrigeradores projetem equipamentos que não apenas atendem, mas superam as mais rigorosas normas de eficiência energética.
Em resumo, a transição para uma refrigeração mais inteligente e conectada é indissociável da evolução de seus componentes físicos. Enquanto a busca pelo refrigerante perfeito continua, o investimento em vidros de alta tecnologia oferece um caminho seguro e mensurável para a redução do consumo de energia e do impacto ambiental, garantindo que a promessa de sustentabilidade da digitalização se torne uma realidade tangível nas gôndolas dos supermercados.